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domingo, 13 de dezembro de 2009

That boy IS a monster!

He ate my heart and then he ate my brain, como Lady Gaga canta. Alguém por favor faz um vídeo de Monster com cenas de Crepúsculo? Obrigadinha.

Sim, eu me rendi depois de tanto tempo e vi Crepúsculo, Twilight ou Lusco-Fusco (outra tradução possível que pra mim diz mais da pele ensolarada do Edward). Aliás, que imagem linda, Cedrico Diggory cravado de diamantes, ou de cristais Swarowski que tão mais na moda agora anyways.

Antes de mais nada, declaro que gostei do filme, estou curiosa em relação aos próximos - e peço encarecidamente às fãs enlouquecidas que não queiram me cortar em pedaços e tacar fogo se eu falar algo de ruim. Eu falo mal das coisas que gosto.

Tá, Crepúsculo é HILÁRIO. Eu tenho o péssimo hábito de falar durante um filme e nesse eu realmente não me controlei, especialmente por te-lo visto sozinha. Gente, o que é aquilo? O filme inverteu valores e trouxe alguns pontos de discussão à tona que nem todo mundo nota numa olhadela só...

- Os school freaks são legais, descolados e NORMAIS perto da família Vamp. E super interétnicos, o que contrabalança o fato dos pele-fria brancões, magrelos e elitistas não se darem com os nativo-americanos morenaços, bombados e gente-boa? Tá, eu só disse gente boa porque ainda não vi Lua Nova. Hehe.

- A família Vamp é aquela família americana de plástico que joga baseball toda vez que pode e segue todas as tradiçõesinhas americanas de plástico, como aquela obsessão clássica pelo colegial. Só eu odiava o colegial? Só eu pensei que seria bem mais legal virar vampira, erm, sei lá, durante a faculdade? Olha que tem gente há tantos anos na UFSC que eu lá tenho minhas teorias, hein... E outra, só eu lembrei da família da novela Vamp??? 'MATEUFSINHO' [inserir língua presa aqui].

- Gostei de como a comunidade nativo-americana ficou bem normalmente inserida. Tá que a cidade é no fim do mundo e tem 2000 habitantes. Mas não fica nem um pouco esquisito (e olha que tem um milhão de coisas esquisitas em Crepúsculo!) o fato do amiguinho de infância da Bella estudar na reserva, ou do pessoal surfar na praia da reserva, etc. Lindo isso, e mais um ponto pra autora. Tá quase quase me convencendo a ler os livros.

- FALANDO EM ESQUISITICES... tá, o conceito que eu quero aqui é o de awkwardness, ou seja, aquele momento embaraçoso que se tem quando alguém peida no elevador ou quando você fala algo maldoso sobre algo que alguém que tá na rodinha faz/tem/é e você era a única pessoa que não sabia. Sabe aquele desconforto? Crepúsculo tá INUNDADO nele. Há desconforto em mudar de casa, de colégio, de ter um parceiro de laboratório que TEM ÂNSIA DE VÔMITO quando te vê, apesar dele ser mó gatinho (e antiga estrela de Hogwarts, olha isso); há desconforto em ser bem recebida pelas pessoas, em ter com quem socializar, em ter que lidar com os sumiços e variações hormonais do seu novo miguxo esquisito. E por mais que a família Vamp pareça esquisita eles não são tratados como school freaks, e sim como uma elite auto-isolada. Quase uma sociedade secreta pela qual todo mundo tem curiosidade e um pouco de atração bizarra. ...Ei, mas não foi assim que as lendas sobre vampiros começaram mesmo? Ah, sim. Então, é a mesma coisa - só que numa história bem contada e enfiada no inferno do highschool americano. Desconforto em cada conversa, em cada descoberta, indo conhecer a família Vamp, quase morrendo, sobrevivendo, sendo salva, sendo salva DE NOVO - parece que enfiaram a Felicity no highschool de tão desconfortável que a Bella é. Isso faz da Bella aquela protagonista irritante a la Joey Potter pela qual todo mundo torce pra que ela TOME UM RUMO LOGO DUMA VEZ.

- Concordo com as observações da Lola Aronovich sobre a parte sexual/sexy do Crepúsculo. A tensão sexual é tanta no primeiro beijo e no baile de formatura (outro coringa da vida de plástico americana) que... conquista aos adultos e aos adolescentes, e talvez por diferentes motivos. Fica clara a fantasia de Bella com a idéia de ser mordida pelo Vamp Diggory ao som de Sleep do Conjure One (e eu já aproveito pra encomendar outro clipe pro Youtube né gente? Ubersexy.) e a imagem mais clara é o banho de sol do Edward... aquilo inverteu tudo pra gente. Vampiros que pegavam fogo no sol a la Angel, ou que ganhavam um aplique na testa a la Spike? Não. Vampiros glam com cristais Swarowski all over the place. A cara da imortalidade! Tornar a parte mais monstruosa sobre o vampirismo algo extremamente bonito fez com que muitos se atraíssem pelo vilão e se unissem no Team Edward.

- Falando em vilão, e a questão da violência? Disseram que a Bella tem perfil de vítima de violência doméstica e gente, desculpa - eu discordo totalmente. Ela é pró-ativa e decidida demais pra ser vítima de violência doméstica. Acho que essa idéia vem do fato dela não ter medo de quase morrer com ele, mas aí acho que essas pessoas se equivocaram: essa falta de medo vem do fato dela ter um príncipe encantado que aparece num conversível prateado e a salva de qualquer perigo - incluindo aí um estupro em massa (!). Ou seja, a Bella não é vítima de abuso físico, e sim a clássica Donzela em Apuros. Mas só nesse aspecto, porque ela é bem segura de si e ajuda as amiguinhas a serem também. Me incomodou a boca-aberta eterna, mas acho que era o único jeito de mostrar tesão por caras super pálidos e o desconforto social eterno ao mesmo tempo.

- Edward? Mais um Dawson indeciso pra me irritar o crânio né. Nas cenas mais casuais eu não gostei da atuação do Cedrico, mas quando a coisa realmente ficava mais emocional, sim, ele tem muito potencial. EXPeriência é tudo nessa vida, Cedriquinho. Persevere!

- O Jacob? Já me ganhou por ser um indígena descolado que não faz da sua origem lobi um problema e sai contando pra todo mundo dizendo que é lenda. Regra número 1 do RPG: toda lenda ou profecia está 100% correta e vai acontecer no desenrolar dessa história.

- Se for pra eu escolher um time, vá lá, eu sou Team Jacob. E olha que eu não vi aquele abdômen em ação.

- Meu personagem favorito é o PAI DA BELLA. Não tem tempo ruim com ele, cara tranquilo, direito, responsável, respeitado. O mais engraçado de todo o elenco, e o mais cool também.

Pretendo ver Lua Nova em breve. Espero que não tenha saído de cartaz :/ Vejamos o que acontece depois do pôr-do-sol...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

War of the Machines



O que diferencia um ser humano de uma máquina?

O questionamento é o mesmo dos três filmes anteriores na saga Terminator. Mas a abordagem é completamente outra. McG é mais conhecido como produtor (responsável por bancar o sucesso de seriados como The O.C. e Supernatural, além de ter escrito e produzido Fastlane), mas como diretor ele te pôe dentro do filme. McG faz valer cada centavo da experiência numa sala de cinema. Nos primeiros cinco minutos de filme você já tem um certo nível de tontura; a câmera age como se fosse uma terceira pessoa dentro da cena, te dando a experiência real dentro do futuro sombrio de 2018.

Os sustos são vários e muito bem filmados. O trabalho de dublês é excepcional, digno de prêmio; efeitos especiais? O que o primeiro Terminator inovou nesse campo foi aprimorado com o tempo e tá um vinho gostosíssimo. O melhor em computação gráfica é justamente o maiooor spoiler do filme, o mais surpreendente, o mais absurdamente incrível, a maior homenagem de todas, a que me derrubou o queixo por vários minutos.

Falando em homenagens... eu esperava só uma sequência do Terminator - já no futuro, com um John Connor crescido e desesperado pra salvar a humanidade como o trailer prometia. Já seria muito satisfatório se fosse só isso. Mas a trama tá muito bem amarrada, e as homenagens... bom, eu não vou spoilar tudo pra você, leitor. Só digo que existe uma frase. Existe uma música! Existe o efeito especial que me fez ficar sem palavras; e uma cena muito parecida com a de um Terminator antigo. Só.

Deu vontade, né? Vá pro cinema. Já. Vale caaada centavo.

Continuando... elenco. Meu segundo motivo pra assistir um filme (o primeiro é o título, especialmente se é adaptação ou sequência). Christian Bale é o novo super-herói de ação. E eu não tô falando dos super-heróis de ação da época do primeiro Terminator - aqueles com muito músculo e pouco talento. Já vimos nos Batman que o homem tem tudo o que precisa pra nos convencer de que é o Homem-Morcego ou o profetizado líder da resistência humana. Anton Yelchin já tinha me chamado a atenção no Star Trek (é o mesmo ator jovenzinho que fez o papel do navegador russo igualmente jovenzinho da Enterprise) e continua chamando. Fiquem de olho no garoto.

Sam Worthington... bom, primeiro a minha enciclopédia nerd adverte: esse sobrenome nos é familiar. Warren Worthington III é o nome real do Anjo, o aristocrata charmosíssimo (e eventualmente super problemático) de X-Men, que no gibi constituía o time inicial: Ciclope, Jean Grey, Fera, Anjo e Homem de Gelo. Digamos que Sam Worthington é a melhor tirada da trama desse Terminator. Ele é australiano e agora ele tá saindo do ninho em grande estilo. Querem mais mundo Marvel? A Sra. Kate Connor é a versão ruiva da mesma atriz que interpretou a loira Gwen Stacy em Spiderman 3 (Bryce Dallas Howard).

Daqui a dois ou três anos... mais Terminator pra gente. Contem os dias.