sábado, 4 de abril de 2009

Areia...

Grains of sand is all we are, crawling on our manic star
Conjure One - Manic Star.mp3

Quando eu comecei a gostar dessa música, só tinha pensado na primeira leitura: somos apenas grãos de areia, partículas pequeníssimas num mundo tão grande...

Com o tempo lembrei de uma aula de Mineralogia (!). Sim, uma aula de Mineralogia, uma das poucas que meu filtro afetivo não bloqueou da minha Idade das Trevas acadêmica. Prepare-se, leitor, para uma das analogias mais bizarras da face da Terra.

Eu sempre pensei que pessoas fossem como a argila queimada. Quando unidas, passam por momentos difíceis e isso as une ainda mais, e apenas choques muito graves partiriam a união depois disso.

Recentemente descobri que as pessoas na verdade agem como a argila, só que sem passar pelo fogo. Quando unidas, assim ficariam até que a secura dos tempos quebrassem algo entre elas, e eventualmente tudo vira pó...

Mas a abordagem era derrotista, creio eu. Depois de mais um tempo, com a ajuda dessa música, y literalmente otras cositas más, cheguei à conclusão de que não somos como a argila, mas sim como a areia.

Somos apenas grãos de areia... a maré vem e nos une; depois de aproveitarmos o sol unidos, nos desprendemos uns dos outros e o vento nos leva a outros cantos, com mais areia e mais mar que nos una. E assim vai. Só um raio nos uniria permanentemente, e todo mundo vê como é rara uma união permanente - assim como cair raio na praia.

Gostei dessa analogia. Somos apenas grãos de areia... e eu acho que a maré tá subindo de novo. Tô pronta. E dessa vez, tô pronta pra passear com o vento depois que o sol desprender um grão de areia do outro.

A paz é tremenda depois que você descobre uma coisa dessas. Tremenda e completa. Que bom.

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