5-3-3

Como é que pode eu ficar tão feliz quando onze garotos ganham o campeonato? Como é que tantas pessoas, gente que nunca entrou num estádio de futebol, se emociona tanto com uma vitória que não é sua?

Acho que todo mundo já jogou bola. Talvez seja por isso. Quando eu fazia ginástica rítmica, me emocionava quando via uma apresentação ou competição. Na verdade, ainda me emociono. Eu já vi o esforço de cada uma das meninas, cada queda, cada choro, cada briga, cada brincadeira... cada treino, e a quantidade de horas gastas nisso. Talvez seja por isso. Hoje em dia, eu tomo cada vitória ou derrota delas como minha. Especialmente porque, na Seleção (a que tem mais visibilidade), tem duas meninas que estavam na Equipe de Floripa em 2002. Nickolle Abreu e Luisa Matsuo. Elas já eram ótimas naquela época, e hoje estão em nível olímpico. E eu tenho orgulho pessoal delas.

Talvez seja igual pro futebol. Talvez cada pessoa, já tendo jogado bola, sabe a diferença entre jogar bem numa pelada, e jogar profissionalmente. Tem um amigo muito próximo meu que queria muito jogar profissionalmente, e ele é muito bom mesmo. Mas não é só isso. Acho que boa parte das torcidas é composta por atletas frustrados. Pelo menos um pouquinho frustrados. Quem sabe?

Bom, então. O intuito desse post é descobrir o que leva uma torcida a ser uma torcida. E eu ainda não consegui. A teoria do atleta frustrado é válida, mas até que ponto? Bom, termino esse post com dúvidas. Aí é que entra a participação do público. Me ajudem a resolver essas dúvidas!

...Uhh... público? *ouve grilos cantando ao longe* Público? Cadê vocês? *grilos*