A Close Reader disse uma vez: "Always have a B plan" e eu não a ouvi. Ou melhor, como diz o Sherlock, eu ouvi mas não escutei.
Passei as três últimas semanas empolgada, extasiada, esperançosa de que algo de muito bom pudesse acontecer comigo. Algo que salvaria a lavoura, algo que me lançaria ao estrelato, algo que seria realmente muita sorte se realmente tivesse acontecido, pelo menos a esta altura do meu (novo) campeonato.
Mas eu me segurei nessa opção e não bolei um Plano B, como a Close Reader mandou. Eu fui jovem, ingênua e burra. Sim, burra. Não bolei meu Plano B e o meu Plano A não se concretizou. Fui enrolada e agora estou sem plano nenhum, triste, simplesmente triste, e sem motivação.
Como recuperar as três semanas de esforço em algo que não levou a nada? Agora é tarde, Inês é morta. O sentimento geral é de frustração, porque eu me dediquei tanto, eu me esforcei tanto, e não deu certo - e a culpa nem é minha!
Prazos não se recuperam. Certos números são realmente impossíveis de se obter. Certas admirações extremadas se quebram, certas expectativas se quebram, mas a vida continua. Não restou nada, só uma frustração comigo mesma, porque eu não tinha outro plano. Burra *bate a cabeça na parede*.
Mas não tem problema, eu dou outro jeito agora. Não tô com raiva, só tô triste. Porque mesmo que eu consiga fazer o que eu queria fazer, eu não vou ter suporte pra isso, e sem suporte não há negócio. Eu dou um jeito; mas qualquer outro jeito não vai ser tão fácil e seguro quanto o que eu perdi, e eu não vou estar melhor preparada pra nenhum outro do que o que eu perdi. Tudo o que eu posso dizer agora é, que pena...
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one's ever told me it'd be so hard
Oh take me back to the start
quarta-feira, 28 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Linux, eu quero o divórcio!
Estou oficialmente pedindo o divórcio ao Linux hoje. Casamento de gente famosa não dura mesmo...
Eu usei o Satux por dois meses, e ele é quase completamente perfeito! Em muitos aspectos, bem melhor do que o Windows ( ! ). Melhor que o XP, pelo menos, já que o Vista tem muitas coisas parecidas com o Linux em geral. Gadgets na barra de tarefas, mais barras pela área de trabalho, transparência da barra, não precisa instalar absolutamente NADA, nem driver de webcam, nem nada!
Aí é q tá o motivo nº1 pra eu querer voltar pro Windows: Eu não consigo instalar NADA. Baixei programas pra Linux, e como o Satux é adaptado do Debian, baixei os arquivos certos pra ele, instalei e... nada. Não achei o programa, alguns eu nem consegui instalar, aff. E eu queria justo o que não veio com o Satux: o Lmule (versão pra Linux do Emule).
Essa não foi minha primeira decepção com o Linux. Antes disso, eu descobri que a barra de rolagem do mouse não funciona nele! Motivo nº3, já que é o menos importante.
O Motivo nº2 é bastante incômodo: ele não toca vídeos com som. Youtube não toca com som, gente! Dá pra conceber isso? Arquivos de vídeo, videoclipes, também não. Filme em DVD não toca, simplesmente. Ah não, eu quero o divórcio!
...
Agora... alguém pode me ensinar a instalar o Windows quando o sistema atual é Linux? Tô no escuro aqui, e tô com MUITO medo de estragar tudo, já que não tenho dinheiro pra chamar alguém pra fazer o serviço. Eu preciso de um emprego T.T
domingo, 18 de maio de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
A Gata e o Gato
Em Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's, 1961), Holly Golightly acha que Gato é um pobre coitado sem nome; os dois se encontraram perto do rio, ele está lá porque quer, já que Holly não é sua dona. Um não é dono do outro, do jeito que Holly quer. Ela se considera um espírito livre, uma coisinha selvagem, que não pode pertencer a ninguém, que não pode ser enjaulada. Ela considera que Gato seja igual.
“Todo homem pensa que se ele levar uma garota pra jantar, ela vai se enrolar aos seus pés como uma gatinha peluda.” – Holly acredita que os homens de sua sociedade domesticam suas mulheres de acordo com seus interesses, do mesmo modo que as pessoas domesticam seus gatos de acordo com seus interesses.
Gato acorda Holly; ele participa das festas de Holly à sua maneira, assistindo a agitação de cima das prateleiras. Ele espera por Holly na pia que nunca é usada, até que ela esteja infeliz – e é aí que Gato se mantém por perto, como quem não quer nada, não obrigando Holly a aceitar seu apoio. Gato espera por comida, sem reclamar, fiel e silencioso. Holly pega leite para Gato numa taça, e bebe uma parte. Ela sempre pensa em alimentar Gato, em ajudá-lo da maneira que puder, dando-lhe sardinhas.
Holly chama Paul Varjak de Fred, o nome de seu irmão, da pessoa que ela mais ama. Paul escreveu um livro de contos chamado Nove Vidas. No hemisfério norte, acredita-se que os gatos têm nove vidas ao invés de sete.
Moon River, wider than a mile, I'm crossing you in style some day. Oh, dream maker, you heart breaker, wherever you're going I'm going your way. Two drifters off to see the world, there's such a lot of world to see. We're after the same rainbow's end -- waiting 'round the bend, my huckleberry friend, Moon River and me. Pode-se interpretar a letra da canção-tema do filme em relação à perspectiva do Gato: Ele vai onde Holly for, à deriva pelo mundo afora, em busca do mesmo fim do arco-íris. Moon River pode significar os desejos de Holly em relação ao mundo, e a fidelidade do Gato a seu lado.
Em seu pequeno impulso cleptomaníaco, Holly e Paul roubam máscaras, de gato e cachorro, respectivamente. Isso pode ser um modo sutil e inteligente de ligar mais fortemente a personagem de Holly ao personagem do Gato.
Quando Holly não está em casa, Gato fica de guarda para ela, e tenta afugentar Paul – ele sabe que Holly não quer mais se prender a Paul. Quando o telefone toca, Gato é o primeiro a perceber, mas ele não pode ajudar mais – ele é só um gato, um pobre e velho gato perdido e sem nome. No apogeu da dor, os impulsos violentos de Holly também atingem o Gato, que se joga pelos ares quase tanto quanto os pedaços do quarto destruído – e do coração destruído. Enquanto Holly tricota, Gato nem se importa com o novelo de lã (objeto de preferência de vários gatos), e se adapta facilmente à nova mobília abrasileirada. Quase tentando avisar que há problemas à frente, Gato espera por Holly na janela. Paul traz Gato para o táxi, e ele espera docilmente por Holly.
“Sou como Gato; Somos dois coitados sem nome e sem dono. Nós nem pertencemos um ao outro!” – Tentando provar que ela e o Gato não pertencem um ao outro, ela enxota o gato do táxi – e não o faz sem encontrar resistência do animal. O gato não quer ficar sozinho, ele quer ficar com Holly. Paul deixa Holly e volta pelo Gato: pelos sentimentos puros de Holly que se exteriorizam no Gato. Em uma adorável epifania, Holly percebe que é bom pertencer a alguém e volta para pertencer a Paul e para ser dona de seu Gato. Desesperada, ela procura pelo Gato num beco, e ao mesmo tempo, Holly encontra sua parte domesticável, doce e pura, ao encontrar seu Gato.
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