quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

One Cry

I don't know if I can cry
If I do, can't make a sound
I don't like to feel inside
Wants to kill, to hurt, to die.

I don't know how I grew up
So unlike and so apart
I don't know how I can live
In a place that's not my own
I don't know why I'd care for
One I don't love anymore

I don't know what to do next
I don't know what move is best
I don't know if I can stay
But I have nowhere to go
I sure know that I can't stay
But there's nowhere else to go.

I don't know how else to please
When I do, rude's all I see
I don't know what else to say
If I'm all misunderstood
I don't know what could I ask
For all answers are to hurt
I don't know what to respond
When I don't know what you mean.

I don't even want to try
I just want to live my life
Make the choices that I make
Without judgment to stain
I want to cry my guts out
And be able to speak out
I want to cry and scream and shout
And have no one to explain

I just want to be let go
Is that so too much to ask?


Summer. 2010.

domingo, 21 de novembro de 2010

A silly little love poem

As I fall in love with you
Doing all the silly stuff
Smiling all the silly smiles
Singing all the silly songs
Dancing all that stupid dance
Happy in being so sure
That you're silly just the same


2010. Spring.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Te peguei, Rowling!" Parte Dois

J.K. Rowling é uma das autoras mais inteligentes dessa geração. Um dos motivos pra essa afirmação é a criatividade com que ela pegou elementos de diversas fontes no tempo e no espaço, e utilizou como referências em seu trabalho na série Harry Potter. Já comentei sobre uma dessas referências aqui.

Hoje é 5 de Novembro, dia importante na história e cultura inglesa conhecido como a Noite de Guy Fawkes. Guy Fawkes liderou um quase-atentado ao Parlamento inglês, estocando explosivos embaixo do prédio do Parlamento com a intenção de explodi-lo. Infelizmente (?), foi pego no flagra a minutos de acender o pavio. Mesmo que o atentado tenha sido um #epicFAIL, foi tão ÉPICO que nunca foi esquecido. Temos referências a ele na cultura pop em filmes como V de Vingança (que tenta repetir o feito numa realidade alternativa) e Poder e Traição (que reconta o atentado original): dois filmes EXCELENTES que eu recomendo a todo mundo. Até hoje esse dia é celebrado com pessoas usando a máscara de Guy Fawkes, ainda vendida na Inglaterra, e já que não dá pra explodir o Parlamento, soltando fogos de artifício. Ou seja, alguma coisa vai ter que explodir.

Graças a @Alissander, dona do blog literário Teto de Livro, notei algo interessante. Fawkes é o nome que a Rowling escolheu para a fênix de estimação de ninguém menos que Alvo Dumbledore, um líder revolucionário per se. E a essência de uma fênix é renascer das próprias cinzas, se mantendo de certo modo eterna. Ela salva o dia tanto do Harry quanto do Dumbledore algumas vezes, e ela inclusive implode ('FAWKES used SELFDESTRUCT!') pra poder renascer. Pra achar mais referências ainda, no que eu cheguei no Google Imagens pra ilustrar esse post achei essa imagem da Fawkes, MUITO parecida com a máscara de seu inspirador, Guy Fawkes.

É Rowling, pegamos você de novo. RÁ. E é por isso que te achamos tão genial.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Canção de amigo

Tendo o autor no bem-querer
É difícil ler sua obra
E pensar literatura.

O amor de outrora dói
Pela injustiça de tal core
Ser jogado assim ao vento
Ser ferido assim no tempo
Ser magoado assim no chão.

Esse amor assim me sangra
Sendo tudo o que eu mais quero
Tendo medo de tal mágoa
De fechar seu coração.

De perder assim o bardo
Cujo amor é infinito
Cujo abraço é acalanto
Cuja companhia é sal
Sal, açúcar, vinho e trova.

A canção que escrevo ao amigo
Mostra assim a minha dor
E o medo de nem ser
A segunda mais querida
Do carinho desse homem.

Não tenciono ser primeira;
Essa dor e essa ferida
Levam tempo, levam choro
Pra que o mar da areia apague--
Tenho calma, e eu espero.

A chave do coração
Que no fundo lá se encontra
Será minha, serás minha!
Mesmo que me vente contra
Persevero e aqui espero.

Estando meu coração aberto
Não me necessita casa
Espero que a tua se abra
Enquanto isso, aqui tu pousas
Recostado em meu abraço
Tens a casa sempre aberta
Tens o meu sorriso pronto
Tens meu amor; e isso me basta.


Inverno. 2010.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Journée au naturelle

Quero luz de verdade
luz do sol
sol nas nuvens
nuvens de Monet.

Quero ar de verdade
ar solto e livre
ignorando os carros
e os espaços fechados.

Quero viver com um bicho.
Faz tanto tempo desde leal
Enquanto não tenho um,
Me acompanham os gatos da rua.

Quero uma estrela,
a primeira da noite,
fita-la até tremer
que trema ela, ou eu.

Quero ouvir os pássaros
Marrecos buzinando no lago
Quero ver minhas borboletas
Todas elas, todas cores,
Todas flores.

2010. Winter.

Timid surprises

How could I possibly ever
In this world make you shy?

With you I pulverize into sighs
I melt under the sounds of your voice
I smile over the heat of a shared seat
I burn with the intensity of my eyes
Staring when nobody's watching.

For these moments, for now,
Are mine and only mine
--I wish they were yours, too.

For a while I too have been shy
But one's kindness is stronger,
No grandeur is obstacle to me.
Such adorable tenderness
Should be praised, nurtured,
--And if you let me, I will.

I must not make you shy!
You're so much more heart
I want to learn that from you
So come. Don't be shy.


2010. Winter.

Multiplicities

The men in my head
Fuse inside and on
I want them all.
This sweetness, that boyhood, this other intimacy, that other sex.

I feel them all on me
At the same time.
One’s groove, two’s calmness, three’s intensity, four’s hunger.

I crave for one and for all
I am completely theirs.
A’s eyes, B’s poise, C’s admiration, D’s cumplicity.

They’ll never know
How much I Love them all.
Love is universal and complete

This is not a tie,
This is not arresting
My holding them into my arms
Will never hold them back.

My head
In my lowly-lit orgy
Holds me in their arms
Sings me to sleep in one of their voices
Listens to me with other’s intense eyes
Attentive eyes
And I smell another.
At the same time the timid touch of the boy’s hands cover me in naught

But the taste is the one I don’t want to remember
The one I’d deny all my principles for
Inconditional, unlimited delight
The one I did wrong by doing him right.

This fusion is driving me mad
I want one in reality
Not twenty in mind
Give me one, I’ll trade them all off

...But which?


2010. Winter.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

And the Best Writing Activity is...

Decidi blogar as melhores Writing Activities dos meus alunos, e a inauguração será em grande estilo. Ana Letícia de Aquino foi minha aluna do nível 6 nesse primeiro semestre de 2010 e ela, que trabalha com o meio-ambiente, se esbaldou no tema da nossa segunda redação. Pedi aos alunos do nível 6 que escrevessem um artigo sobre qualquer aspecto relacionado ao meio-ambiente, em inglês, como se um jornal da UFSC estivesse pedindo. Aqui vai o ensaio maravilhoso da Ana. Parabéns!

Brazilian water flows are in danger. Not even the upper ones, like rivers, lakes, creeks and seas, but also the subterranean water like our famous “Aqüífero Guarani”.
Human-beings, following the animal behavior, always lived by the shore or the water streams. We need the water for our simplest actions. We need it for our very tiny metabolism, to wash, for transportation. We need water for food. We depend on healthy water. But, since the human population has become huge, the water flows have been suffering the consequences of it.
Human kind, a collective species, evolved the languages, the culture, the big clusters of people called cities (and now mega cities), the agriculture, the industries, all for its own well-being. We have to produce more and more food and goods, we have a growing amount of people to take care of. We lie down and wake up in the morning thinking about development. Our presidents meet each other in the name of it, so it is very important.
But we have forgotten one thing about our planet: it is the only one we have always had and will ever have. If all matter goes in cycles, if everything is changeable and nothing else is created, as Lavoisier said, we have to think clearly about what we have been doing with our limited resources.
We use fertilizers to grow our crops. When it rains, all nitrogen we put on the soil is washed to the rivers. A lot of algi and other microorganisms grow in the fertilized water and consume all oxygen, killing the fish and other species. It is called eutrophization and it is the lake or river death. And there are the pesticides too! And there is soil going to the rivers also.
The impacts of industry pollutants on water are well-known: heavy metals bio-accumulate in all species and the changes in the water temperature (in order to cool the engines) are just two of them. There are even medicines and hormones found in the water. They come from our drug industry and everything we drink and eat goes obligatorily to the water because of our sewer systems.
We have neglected our water sources for thousands of years, and now we have to develop new ways to clean it up, and for our own sake! We are a very selfish species.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Eu Vejo Você.



Finalmente cumpri o currículo e vi Avatar. É uma experiência de tirar o fôlego; você não sente as quase 3h de filme passarem porque o mundo é completamente outro. O lugar é maravilhoso, mas eu quero falar aqui de como o mise-en-scéne passa uma mensagem ecológica maior do que a história ou os diálogos.

Mise-en-scéne. Anelise ficaria orgulhosa. Mas sim, foi o que mais me chamou a atenção. Mise-en-scéne é um coletivo pra tudo que nos é mostrado na tela: a posição da câmera, as figuras em primeiro e segundo plano, tudo isso pode ser analisado. E o que mais chama a atenção no mise-en-scéne de Avatar é como o sistema de cores contrasta entre o mundo da Terra e o mundo de Pandora.

A destruição da Terra é mencionada brevemente mais perto do final do filme, durante a oração de Jake: Não há mais verde na Terra. Eles mataram a Mãe deles, e vão fazer o mesmo por aqui. O mundo da Terra que eu quero dizer aqui são os laboratórios e quartéis espaciais, além do interior das bases militares em Pandora e as minas de (o nome é piada né) unobtanium - unobtainable é algo que não se pode obter, só colocaram o nium pra parecer um mineral. Lindo isso. Tudo é escuro, cinza, árido e estéril. Principalmente estéril.

Em um contraste impressionante, conseguiram criar Pandora como se fosse uma Naboo mais bonita - sempre gostei de como o planeta natal da Padmé era muito bonito em relação à natureza. Não consegui terminar o filme sem pensar como Star Wars, que eu amo de paixão, poderia ter ficado 15x mais incrível visualmente com James Cameron no projeto. Lembrem-se que isso seria praticamente impossível, se bem q o Spielberg, que participou do projeto, esse sim poderia ter dirigido os filmes e melhorado a parte da atuação humana. Continuo defendendo que o George Lucas não trabalha bem com gente. Mas de qualquer maneira, estou desviando do assunto.

Pandora. O verde é o plano de fundo, sim, oposto ao cinza dos humanos, claro. Mas isso é apenas um detalhe. Isso era o esperado. Mas a multitude de cores da vegetação impressiona muito, mas ainda assim, não é essa a maior mensagem do mise-en-scéne de Pandora. A grande mensagem está na LUZ. Tudo brilha quando é tocado por outro ser vivo; o chão pisado, as plantas tocadas, a conexão mental entre os Na'vi e os animais de Pandora - e não só os animais, as plantas, o chão, tudo. Tudo está conectado. Quem inventou o cabo USB capilar merece, olha, um bônus no salário. Que imagem é aquela, gente? Olha a mensagem que isso passa. Que você é parte do mundo, que você não tá aqui pra habita-lo somente, e sim pra interagir com o mundo numa simbiose perfeita. Isso é absolutamente lindo.

Agora, vamos falar da conversão do Jake Sully. Gente, era impossível ele não querer se mudar pra Pandora permanentemente, juro. Primeiro, ele havia perdido o movimento das pernas. (Off-topic: como fizeram as pernas do Sam Worthington ficarem tão magras? Era computação gráfica ou ele fez a preparação física pra tal? Impressionante.) Só a delícia de correr, pular, nadar, já era suficiente. Não fosse isso, o Povo do Céu não era preparado pra ele - só houve dois momentos de preconceito falado, bem no começo do filme, mas por todo o filme aparecem indícios de como um cadeirante corria risco no QG. Em diversos momentos, Jake foi quase atropelado na cadeira de rodas, além de não ter espaço pra locomoção e outros problemas aparentemente menores que Jake, por ser do clã milico (haha, genial) e ser um cara durão, resolvia sozinho. A coisa realmente fica periclitante quando ele tenta alcançar a máscara de respiração e olha que coisa, a máscara de emergência não está na altura adequada pra um cadeirante! Acessibilidade zero nos QGs em Pandora.

Fooora isso, ainda teve o contraste entre a Terra e Pandora - o contraste natural e social, principalmente. O Povo é uma comunidade. Os Na'vi têm contato físico uns com os outros, o que convenhamos, nem hoje em dia nós temos na Terra, é tudo via Internet. Esse contraste também é importante pra conversão do Jake porque ele era um excluído na Terra - não só por ser cadeirante, mas também por não ter dinheiro, não ser muito academicamente inteligente e ter uma patente baixa no Exército (Ele é cabo. Isso é praticamente nada. Tá, cabo dos Fuzileiros Navais, legal, mas dentro dos Fuzileiros Navais não é nada). Fazer parte de um grupo é tudo o que qualquer pessoa quer na vida - aceitação, essa ideia de pertencer a algo, é MÁGICA pra nossa espécie. Fora a existência da Neytiri e a subtrama amorosa, que aqui fica mais em segundo plano do que em Titanic, por exemplo, e isso é ótimo.

O que nos leva a Neytiri e ao tratamento das mulheres no filme. Tanto no núcleo humano quanto no núcleo Na'vi, as mulheres são as mais badasses. Primeiro porque a existência da Sigourney Weaver em qualquer laboratório te dá aquela vibe da Tenente Ripley, mesmo aqui ela sendo pacifista, a vibe ainda tá lá e isso é uma delícia. E todo momento da Michelle Rodriguez em cena... badassness pura. Ela é um modelo de comportamento, e eu creio que não seja coincidência que a resistência humana tenha a única hispânica (ela mesma, Trudy Chacón) e um indiano (Dr. Patel, OI?), além de um nerd, uma pacifista (a Sigourney) e o cadeirante. Continuamos com a mensagem subliminar de que são os párias que realmente fazem a diferença, sim. Mas quem vai reclamar disso, quando somos todos párias? ;)

As mulheres Na'vi têm a mesma divisão de papéis e funções, até onde pode se ver - a não ser pelos líderes do Povo, que perpetuam a mesma velha história de sempre. Machos são líderes guerreiros, fêmeas são líderes espirituais. Enfiei na minha cabeça que a voz da líder espiritual é da Whoopi Goldberg, mas deve ser bobagem minha. Mas faria sentido, não faria? É legal a inversão da donzela em apuros, que é feita em vários momentos onde o Jake está em perigo e a Neytiri o salva, e não sem toda a adorável fúria Na'vi.

Achei interessante também o efeito que o filme me deixou. Eu me senti uma péssima humana, enfiada dentro desse prédio e escondida atrás desse computador, morrendo de medo de uma trilhazinha mixuruca. Uma coisa que eu notei esse semestre dando aula é como a nossa geração não tem espírito de aventura. Ninguém viaja porque ninguém tem dinheiro, e aí eu cito o Lennon: "Meg, não vem com essa. A Madonna foi pra NY com US$300 e coragem." Não somos corajosos. Fomos criados com medo, e desesperados por estabilidade e segurança. Talvez eu mais que a maioria. Odeio isso. Pior é que a Internet nos ajuda a nos mantermos escondidos, com medo de nos machucarmos ou nos decepcionarmos, e eu não sei de vocês, mas isso me frustra.

Agora, como vamos fazer pra mudar? Como vamos começar a entrar em contato uns com os outros e recuperar essa conexão biológica entre nós, e entre a nossa espécie e a vida que brilha à nossa volta? Pensem nisso. Pensem na saudação Na'vi: EU VEJO VOCÊ. Você vê alguém?

domingo, 25 de abril de 2010

Alguém lembra o que é censura?

Esse post é outra resposta, dessa vez ao famoso e intocável (afinal, ele é da Globo) blog do Kibeloco, no post 'Mais do mesmo' que menciona a retirada da vinheta de 45 anos da Globo do ar porque é tendenciosa à campanha Serra.

Disclaimer: eu adoro Kibeloco e vou lá toda semana. De lá tiro boas risadas e algumas piadas que eu reproduzo com frequência. Mas a la Danilo Gentili, mesmo que eu goste de algo e tenha motivo pra falar mal, eu vou falar. Ele nem vai ler mesmo...

No post do Sr. Kibe, Marcelo Tabet, uma das frases é c) Censura: a gente vê por aqui. e foi aí que eu me incomodei.

Gente, alguém aí lembra o que é censura? De verdade?

Censura de verdade não fazia apenas uma reclamação, seja ela pela mídia ou por um órgão legal como o Ministério Público. Censura é algo ARBITRÁRIO. Censura era comprar LP do Legião Urbana com a faixa de Faroeste Caboclo ARRANHADA pra não ser ouvida. Ninguém reclamava ou pedia pra tirar, a coisa só aparecia tampada, arranhada, escondida, e aí sim, com todas as letras, CENSURADA.

Então por favor, gente. MENOS.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Finalmente uma resposta.

Resposta a 'O aborto e o PNDH' de IVANALDO SANTOS (20 JANEIRO 2010) disponível em http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/10707-o-aborto-e-o-pndh.html

Primeiro ponto: Não se pode reduzir o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) em só 4 pontos que provavelmente são conclusões de quem nem leu esse troço. Isso tá na cara que é discurso repetido de alguém, e esse negócio de discurso repetido se desdobra num telefone sem fio desgraçado e dá nesse tipo de generalização burra que o povo brasileiro da classe média branca tem mania de fazer.

1. Eu não li o PNDH ainda mas vou fazer isso, aos poucos. Ninguém entendeu que a Comissão da Verdade é pra investigar parlamentares potencialmente corruptos (que seriam, oi, todos?).

2. A aprovação do casamento homossexual nem deveria ser questão de debate. Se duas pessoas se amam e querem dividir uma vida juntas, e esse é o propósito do casamento, os gêneros dessas pessoas é completamente irrelevante. Mas deve ser legislado SIM pra evitar complicações legais, especialmente no post-mortem de uma das partes.

3. A retirada de símbolos religiosos de prédios públicos demorou, desculpa. O Estado Brasileiro é laico desde 1900-e-guaraná-com-rolha e ainda tem imagens pra tudo que é lado. O Cristo Redentor do Rio de Janeiro é patrimônio da humanidade e nem por decreto de qualquer pessoa no Brasil pode ser retirado. É MUNDIAL, BABY. Lembrem-se que 'estado LAICO' significa que a religião não vai REGER nenhuma das nossas leis - o que faz muito sentido num país de fé tão diversa quanto o Brasil.

4. Como eu disse, ainda não li o PNDH mas duvido fortemente que a legalização TOTAL do aborto seja parte da pauta; mas teremos mais a dizer a respeito em seguida.

ONDE ALGUÉM VIU SOCIALISMO IMPRESSO NO TEXTO DO PNDH, GENTE? Ai, sério. É exagero demais. Citando, porque é absurdo demais: "Será uma sociedade onde as pessoas não poderão expor seus símbolos e crenças religiosas - haverá perseguição religiosa -, estarão sob vigilância constante do da Comissão da Verdade ou do Ministério da Verdade e crianças não poderão nascer porque terão que ser abortadas. O prêmio de consolação é o casamento homossexual." COMO ISSO É POSSÍVEL? Sério. É burrice dizer que o fato de um Estado ser controlado pela RAZÃO ao invés do cânone religioso é perseguir gente que dentro de si e de sua casa, de seu carro, de sua casa de congregação, acredita nisso ou naquilo. Desculpa, é burrice simplificar tanto assim. Agora, 'crianças não poderão nascer porque terão que ser abortadas', nas palavras da minha amiga Blasé, 'é pra acabar'. Gente, mesmo com a legalização do aborto, só aborta quem quer! E eu duvido que a escolha leviana pelo aborto seja legalizada, sério. Mas vamos seguir em frente.

Segundo ponto: 31 ministros e 14000 pessoas tiveram acesso ao PNDH e o assinaram, legal. Eu ainda não assinei porque ainda não terminei de ler, mas se eu concordar com boa parte da coisa, é claro que eu vou assinar. Agora, vamos falar da realidade. Quem tem acesso ao PNDH? A classe média, os 25% da população brasileira que têm curso superior, Internet, TV a cabo e acredita piamente em tudo que o PSDB diz a eles. Eu desconfio muitíssimo do PSDB, mas não tô aqui pra mudar a idéia de ninguém, só quero tentar expandir o foco desse prisma tão apertado que não se vê nada além de uma luz branca e cegante. Citando novamente: 'Qualquer pesquisa feita no Brasil mostra que o povo brasileiro é totalmente contra o aborto.' De novo, duvido. Essa pesquisa é feita com as meninas que são estupradas dia após dia por metade dos homens da própria família, com o consentimento de metade das mulheres da própria família, no Norte/Nordeste do Brasil? ACHO QUE NÃO. Essa pesquisa é feita com as meninas de 13 anos com idade mental de 9 que são 'pegas' por homens porcos em cidades pequenas e levadas pra motéis pra, nas palavras deles, 'serem as mulheres mais felizes do mundo?' e engravidarem sem nem saber o que aconteceu direito? (Isso aconteceu aqui na Palhoça, tá?) TAMBÉM ACHO QUE NÃO. Vocês já ouviram um relato de violência sexual? Já leram um? Já leram o argumento dos monstros que estupram e acham isso normal? Sim, monstros. Me recuso a dividir a mesma categoria taxonômica com essa gente PORCA. Essa pesquisa foi feita com meninas que são oferecidas pra programas pelas próprias mães no Nordeste? NÃO. Essa pesquisa foi feita com os meninos-rã do Norte do país, que vivem embaixo das feiras e só saem à noite, se arrastando na sarjeta por não terem força de ficarem em pé, catando restos de espetinho de gato, que prefeririam não ter nascido? NÃO. Essa pesquisa foi feita com meninas que têm que crescer com seus filhos e tratá-los como irmãos, por ordens dos pais - o estuprador e a conivente, que cria o neto como filho pra evitar o escândalo? NÂO. Essa pesquisa foi feita com gente que mata bebês de menos de um ano espatifando seus crânios contra a parede depois deles se tocarem que 'opa, eu to aqui, eu existo'... e PUF, morre? É jogado no lixo? Você realmente acha mais digno encontrar um bebê morto na lixeira do seu prédio? Você acha que isso é mais digno? Que é vida? Reflita.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Interview with an Invisible Man


Tell me you're not an illusion
Tell me I already know you
Tell me I'm going to know you

Tell me you're part of my life now
Tell me you're behind the scenes here
Waiting to tell me I'm pretty

Waiting for the time to come now
Waiting to tell me you love me
Waiting to come take me home now

Tell me you're my guardian angel
Tell me that you'll make me smile then
Tell me you're proud of my success

Tell me you're willing to love me
Tell me you're not an illusion
Tell me my dreams will come true.


Summer. 2010